Aljubarrota
Área: 47.95 km2
Habitantes: 6243
Padroeiros: Nossa Senhora dos Prazeres e São Vicente
O nome desta vila dispensa apresentações. Em 1385, a Batalha de Aljubarrota, decorrida ali perto no planalto de S. Jorge, marcava o destino de Portugal. Mas seria a lendária Brites de Almeida, algarvia de origem e padeira de profissão, que ainda povoa o imaginário de todos: a mítica Padeira de Aljubarrota!
Nesta vila e no seu território espalham-se numerosos casais e pequenos lugares, pintalgando de branco uma paisagem predominantemente rural. A atual freguesia resulta da junção relativamente recente das freguesias de Prazeres e de S. Vicente, que repartiram a pitoresca vila entre si.
Apesar da paisagem rural, o sector primário ocupa menos de 5% da população ativa. As indústrias e os serviços são os principais sectores empregadores. Do ponto de vista económico, a extração de pedra assume um peso incontornável. Daqui provém alguns dos calcários ornamentais mais conhecidos, designados pelo nome de lugares da freguesia, dos quais são exemplos os calcários dos Moleanos e da Ataíja. O fabrico de faiança, a par das oficinas de talhe de calcário, conta-se entre as principais produções industriais.
A existência de numerosos lugares explica a multiplicação de coletividades culturais e recreativas, de Chãos a Chiqueda e de Casais de Santa Teresa a Aljubarrota. Também as festas de cariz religioso marcam presença, principalmente no estio.
Mas é mais profana a festa maior desta terra. Nos últimos anos, “Aljubarrota Medieval” tem vindo a conquistar um número crescente de entusiastas que, a 14 de agosto, por evocação da Batalha de Aljubarrota e da Padeira, não resistem às propostas gastronómicas das tabernas e ao imaginativo artesanato das tendas que se espalham pelas ruas da vila. Miradouro privilegiado sobre a Serra de Candeeiros, a vila branca, de ruas exíguas e casas de pátio vedado ao passante, organizada em torno da rua Direita, convida o visitante a demorar-se e a envolver-se de um certo medievalismo de raiz mediterrânea. Informação retirada/adaptada dos fascículos distribuídos, em 2014, no Região de Cister, aquando das Comemorações dos 500 Anos das Outorga dos Forais Manuelinos.