Coz, Alpedriz e Montes
Área: 37.47 km2
Habitantes: 2826
Padroeiras: Nossa Senhora da Esperança (Alpedriz) e Santa Eufémia (Coz)
É num ambiente verdadeiramente privilegiado em que várias comunidades de se fixaram e se desenvolveram no sítio onde hoje encontramos Coz. Aqui, onde os séculos da nacionalidade foram marcados pelos ritmos de Cister, floresceu uma comunidade em íntima interdependência com as monjas do Mosteiro que se estende junto à margem esquerda do pequeno rio de Coz.
Hoje, Coz é sede da recente União de Freguesias de Coz, Montes e Alpedriz. Dois terços da população ativa laboram no setor secundário, quase 30% nos serviços e, na agricultura, menos de 10%. A existência do parque industrial, em Casal da Areia, as indústrias derivadas da exploração florestal e da atividade extrativa de argilas e calcários para cimento, as cerâmicas e as fábricas de moldes explicam o peso do setor industrial.
Porém, é a ruralidade que domina a paisagem, com franco predomínio de pomares e de vinha no planalto de Montes e na fértil várzea do rio de Coz. Dos lados de Alpedriz, as extensas manchas de pinheiro manso e bravo também determinaram algumas vocações económicas.
Nos dias que correm, o Centro de Bem-Estar Social de Coz e a Associação de Bem Estar Social e Recreativa de Alpedriz, as associações sociais, culturais e recreativas em Coz, Alpedriz, Montes, Póvoa e Castanheira são âncoras da vida local. A revalorização do património cultural é cada vez mais uma necessidade assumida pela comunidade e pelas suas instituições, não só em torno do velho Mosteiro feminino de Coz, mas também através das várias festividades e feiras que pontuam o ano. Entre estas, a celebração do Espírito Santo e do Corpo de Deus, com a sua “Festa da Cereja”, destacam-se em Coz. A festa da Sr.ª da Luz, na Castanheira, e o louvor a N.ª Sr.ª da Esperança, em Alpedriz, bem como a São Vicente e Santa Marta, nos Montes, são outras festividades de raiz religiosa que têm lugar neste território, onde espiritualidade e a quietude da paisagem agrícola se mesclam constantemente.
As tradicionais “Cestas de Coz” representam a ancestral arte artesanal de trabalhar o junco que, no concelho de Alcobaça, teve origem na aldeia da Castanheira, ainda hoje várias casas as produzem, reproduzindo as antigas ou adaptando e inovando.
Alpedriz, do foral manuelino aos nossos dias, foram vários reordenamentos administrativos acabaram por traduzir a expressão e a dimensão da localidade, em termos populacionais e económicos. A transferência dos centros de decisão e a geografia dos mais importantes setores produtivos justificam, em boa parte, que a freguesia de Alpedriz se encontre integrada na atual União de Freguesias de Coz, Montes e Alpedriz. A população ativa do novo território administrativo concentra-se maioritariamente no setor secundário, 30% no terciário e, numa consequência direta da transformação económica das últimas décadas, menos de 10% se encontra afeta à agricultura. O peso do setor industrial explica-se pela existência do parque industrial de Casal da Areia, das indústrias derivadas da exploração florestal e da atividade extrativa de argilas e calcários para cimento e cerâmicas.
Em Alpedriz, a memória inscreve-se no bucolismo indelével da paisagem. Acompanhando os meandros da Ribeira do Pereiro, hortas, vinhas e pomares dão cor e aromas muito próprios de um universo cultural mediterrâneo.
Mas esta é também uma zona de transição, onde as extensas manchas de pinheiro marcam o início do pinhal litoral que se estende para norte.
A modesta expressão urbana de Alpedriz não deixa reconhecer facilmente que esta foi sede de concelho.
Alguns lugares, como os Casais de D. Brás e a Ribeira do Pereiro, transportam-nos mesmo para uma realidade quase anacrónica, onde o sussurro dos pequenos cursos de água teima em lembrar que, também aqui, o tempo passa.
Em Alpedriz, a associação recreativa local dinamiza algumas atividades, mas, para além da festa da coletividade, em agosto, são as celebrações religiosas que pontuam o pulsar social da comunidade. Em junho, Santo António merece celebração e, em dezembro, é a vez de N.ª Sr.ª da Esperança. Informação retirada/adaptada dos fascículos distribuídos, em 2014, no Região de Cister, aquando das Comemorações dos 500 Anos das Outorga dos Forais Manuelinos.