Maiorga
Área: 10.04 km2
Habitantes: 1846
Padroeiro: São Lourenço
Antiga vila dos Coutos de Alcobaça. Famosa pelas ricas terras de regadio que se juntam aos terrenos do Bárrio até ao Valado dos Frades. A cerâmica também é um dos setores fortes.
Maiorga, guarda características vincadas de ruralidade. Para poente, a assume uma posição visual dominante sobre a fértil várzea outrora ocupada pelas águas atlânticas da Lagoa da Pederneira. Para nascente a floresta.
Não obstante este cenário rural, o setor primário não ocupa mais de 2% da população ativa. Esta concentra-se no setor secundário, com mais de 50%, seguido de perto pelo setor terciário. Razões várias justificam esta distribuição.
Ao longo do século XX, as indústrias transformadoras assumiram o comando na produção de riqueza e criação de emprego. O setor das cerâmicas comuns, de porcelana e de faiança, da lapidação do vidro, o cristal, e do fabrico de moldes conta-se entre as principais. As indústrias extrativas locais, de areia e de argila, sustentaram boa parte destas produções. Por seu lado, o setor florestal propiciou o desenvolvimento das serrações e, nos anos mais recentes, a recauchutagem de pneus também contribuiu para o dinamismo local. A Companhia de Fiação e Tecidos, unidade de razoáveis dimensões fundada em 1878, já não labora, mas marcou o século XX. Por fim, os serviços absorvem parte substancial da população ativa e a proximidade da cidade de Alcobaça tem propiciado fixação das gentes. Ainda que de modesta expressão demográfica, a Maiorga mantém uma coesão social que se exprime nas suas associações e festividades. A Sociedade Filarmónica Maiorguense, fundada em 1884, mantém o ensino e a prática musical. O Centro de Bem-Estar Social de Maiorga e as associações recreativas Maiorguense e da Boavista também contribuem para a vida da comunidade. Na freguesia, várias celebrações religiosas pontuam o ano. Em janeiro, tem lugar a festa de S. Sebastião. Maio é consagrado à N.ª Sr.ª de Fátima e julho a N.ª Sr.ª da Piedade. S. Lourenço merece as honras em agosto e, em dezembro, é a vez de N.ª Sr.ª da Conceição. Na Boavista, maio é tempo de festa popular. Onde antes se navegava, circula-se na autoestrada A8 e o IC9. Informação retirada/adaptada dos fascículos distribuídos, em 2014, no Região de Cister, aquando das Comemorações dos 500 Anos das Outorga dos Forais Manuelinos.